sexta-feira, 15 de março de 2024

bibliomategrafia

APARAÍN, Mario Delgado. Boliches Montevideanos: Bares y Cafés en la memoria de la ciudad / Mario Delgado Aparaín; Fotografías Leo Barizzoni, Carlos Contrera; Textos complementarios Nery González. Uruguay: Ediciones de la Banda Oriental, 2009.

BARRETTO, Margarita. El Mate, Su historia y su cultura / Margarita Barretto. —2a ed 2a reimp— Buenos Aires: Del Sol, 2006.

BERKAI, Dorival; BRAGA, Clóvis Aírton. 500 anos de história da erva-mate [pelos dominadores europeus]. — 1a edição— RS: Editora Cone Sul, 2000.

COMTE, Gloria Hoss de le. El Mate / Gloria Hoss de le Comte. Buenos Aires: Maizal Ediciones, 2007.

GALEANO, Eduardo. Memória del fuego (i). Los nacimientos / Eduardo Galeano, 1987. Montevideo: Ediciones del Chanchoto, 2000. 

_________________. Memória del fuego (ii). Las caras y las máscaras / Eduardo Galeano. Montevideo: Ediciones del Chanchoto, 1987. 

_________________. Memória del fuego (iii). El siglo del viento. Montevideo: Ediciones del Chanchoto, 1987.

HENEBERRY, Mike. The Little Black Boock of Tea: The Essential Guide to All Things Tea / Mike Heneberry; Illustrated by Kerren Barbas. New York: Peter Pauper Press, Inc, 2006.

JOHAN LORENZO, Karla. El libro de la yerba mate / Karla Johan Lorenzo; coordinado por Tomás Lambré. —1a ed— Buenos Aires: Del Nuevo Extremo, 2010.

 RICCA Mussio, Javier Rodolfo. El Mate, los secretos de la infusión: Desde la cultura nativa hastra nuestros dias / Javier Ricca. —3a edición— Montevideo: Mendrugo, 2005.

_________________. El Mate: História, secretos y otras yerbas de una passíon rioplatense / Javier Ricca. —1a ed— Buenos Aires: Sudamericana, 2009.

SORBA, Pietro. Bodegones de Buenos Aires / Pietro Sorba; Edición bilingüe español-inglés. —3a ed— Buenos Aires: Planeta, 2009.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

matear no uruguai


Pré PS1: A Peatonal Sarandí (calçadão) e a Avenida 18 de Julio são a mesma rua. A primeira é no centro velho, a segunda é no centro novo. Entre as duas fica o Palácio Salvo, que foi por muitos anos o prédio mais alto da América Latina, apesar de ter um visual decorativo e fora de época:1928

PS2: Tentem comprar o livro Boliches Montevideanos, Bares y Cafés en la memoria de la ciudad.

PS3: Tentei dar dicas menos turísticas (mas se quiser, posso continuar mandando. fiz poucas porque sou lento).

PS4: Descupem-me o excesso de verborragia.

Livrarias:
Existem lojas especializadas em vários temas (posso ainda enviar, se vocês quiserem), mas recomendo os Sebos/Livrarias na região da rua Dr Tristan Narvaja (que tem uma feira de pulgas nos domingos e que vende todo o tipo de coisas [todo mesmo, imagine algo que você acha que ninguém mais tem, e você verá lá para vender]).
Uma livraria grande é a Puro Verso (18 de julio 1199, esq. Cuareim; ou na Peatonal Sarandí, 675).
Outras livrarias interessantes são:

Libreria Linardi Risso
Juan Carlos Gómez 1435
Livros raros e impossíveis. Se um livro já teve lá, está marcado em catálogos o tempo em que ele esteve lá. Um livro que eu não encontrei em lugar nenhum estava marcado o dia em que ele esteve lá, mas já não estava fazia mais de uma década (El Unitor 2,
de Justino Serralta). Comprei ele apenas no:

GRAFFITTI (de um aluno do Serralta)
endereço: Río Negro entre 18 de Julio y San José

sugestões de livros:
Mate: Existem vários bons, mas os 2 melhores são os de Javier Ricca. O de capa preta (que tem muito mais informação, é mais histórico e melhor) estava esgotado (eu comprei em um sebo), mas o de capa branca menor é bem válido.
Prosa: Felisberto Hernandez, Mario Benedetti e Eduardo Galeano.
Poesia: Mario Benedetti
História: Eduardo Galeano
Artes Plásticas: Juan Manuel Blanes e Joaquin Torres Garcia
HQs: Edições antigas da Fierro (na época que tinha Moebius, Manara, Pratt, etc)
Arquitetura: Do Serralta, mas acho que comprei o último a venda no Uruguay.

Para comprar CDs uruguaios, o lugar ideal é o Ayuí.
Avenida 18 de julio, 1357.
Na música erudita, eles vendem vários CDs de um uruguaio que foi o segundo grande gravador de violão erudito (depois do Segovia, que foi o seu professor), e que tocou pela primeira vez alguns estudos do Villa-Lobos dedicados ao Segovia (e que este nunca tocou): Abel Carlevajo,
além de ter estreado o 5 Prelúdios no Teatro Solis -- Reconquista s/n esq. Bartolomé Mitre.

De poesia, vale a pena ver os CDs de Mario Benedetti (além de ver, nas livrarias, os seus livros de contos e poesia).
De História (uruguaya, latina e mundial) os CDs de Eduardo Galeano (que ainda anda diariamente pelas ruas de Montevideo).
De musica tradicional, recomendo ainda um do Abel Carlevajo tocando junto com o seu irmão algumas faixas, e outras com 3 violões, todas anteriores ao século XX do sul da América do Sul.
De musica popular (poética e ideológica) recomendo muito um -- mais do que bonito -- CD do Daniel Viglietti (que foi preso na época da ditadura e conseguiu ser exilado por um abaixo assinado de Julio Cortázar, Jean Paul Sartre, Oscar Niemeyer, etc) junto com o Mario Benedetti (com os textos no próprio encarte).

Na segunda parte do Modulor, Le Corbusier constrói uma sinfonia a várias vozes, tendo o Modulor como motivo. 
Os 3 principais solistas são Albert Einstein, André Maissonier e o uruguaio Justino Serralta.
A melhor obra de Serralta é o Colegio y Liceo "La Mennais"
endereço: Ing. Jose Acquistapace 1701, Montevideo, Uruguay
É interessante a sua estrutura -- entre a rua de um lado e um parque do outro -- onde todas as proporções são a partir do Modulor, e tudo pensado para ser o mais funcional possível.
Existe um prédio mais simples no centro velho: Edificio Maspons (1955), na Av. Uruguay y Andes. É sempre curioso ver um prédio moderno encaixado em prédios antigos (alguns bem fora da época em que foram construidos, com decorações que já tiveram uma importância estrutural séculos antes).
Nas livrarias que eu cito, coloco uma (graffitti) de um simpático aluno do Serralta.

Próximo ao Parque Rodó (e a um parque de diversões), existe a Faculdade de Engenharia de Montevidéu. É uma das construções mais interessantes, feita em 1936, pelo arquiteto Julio Vilamajó. Ela é formada por estruturas amplas e vazias. É bem impressionante, pois o rio é totalmente visível por baixo dos blocos (grandes e compridos) e pelas janelas de vidro -- suspensos por vigas.

Em um local diferente (mais pedante) está a Facultad de Arquitectura Montevideo, de 1915, pelo arquiteto (polemico, pelas suas posições a favor das ditaduras) Román Fresnedo Siri. Passando por cima da política, vale a pena ver a obra (que possui elementos modernos e conservadores ao mesmo tempo).
endereço: Bulevar General José Artigas, 1031

Se você faz a barba com creme de barbear, em Montevideo tem um dos que é considerado um dos melhores do mundo. Mas apenas este: http://www.selby.com.uy/es/hombre/afeitada-perfecta/cremas-para-afeitar/#crema-de-afeitar-en-pote
e não em pote (que é mais comum nos supermercados) 


Violão com estrutura inventada (e muito criticado) por Abel Carlevajo: 
http://www.guitarrasmiranda.com.uy/index.php?option=com_content&view=article&id=21:guitarra-carlevaro&catid=10:fabricacion-de-guitarras&Itemid=28
Luis Eduardo Miranda Julio Herrera y Obes 1294 - 2901 6933
O luthier não é simpático, mas é perto da loja do aluno do Serralta (Graffitti)

Quanto ao Mate: 99% dos uruguaios tomam mate. O país, com pequena população, é responsável pelo consumo de 2/3 da erva no mundo.
Ervas recomendadas: Canárias (mas é comprável em São Paulo -- Primo, da Alagoas) e Sara.
Garrafas térmicas: ou a invenção uruguaia, que tem uma ponta para acertar com mais precisão (o que não é necessário com a prática), ou a pesada Stanley (muito melhor).
Mate (bomba): Hoje em dia eles usam com um coro em volta (até o presidente), mas é melhor só a cuia (pois é mais grossa e resistente).
Bombija: de Prata (com bico de ouro) ou Alpaca. Nunca outro material (como aço inox, ferro, etc), por causa do sabor e do câncer.
Chaleira elétrica com termômetro (mas lá em todos os lugares tem garrafa máquinas que você coloca a sua garrafa, uma moeda e a água cai na temperatura certa) para nunca passar dos 75graus.

Loja boa para o equipamento Matero: LA CASA DE LA BOMBILLA  Dirección CARLOS ROXLO 1454

Museus:
obras de Joaquin Torres Garcia (e livros)
Peatonal Sarandí 683, Montevideo

obras do gigante Juan Manuel Blanes (1830 - 1901)
existem em alguns museus, mas a maioria está no museu Juan Manuel Blanes 
Avenida Millán 4015, Montevideo 11700, Uruguai +598 2336 2248

ambos museus valem a pena, mas tem muitos outros interessantes.

Comes e Bebes:

doceria montevideo
Café Brasilero (Ituzaingó, 1447)
fundado em 1877 e redecorado em 1920. É o lugar ideal para estar sentado nas tradicionais cadeiras Thonet, bebericar um café, saborear a torta de ricota com passas, enquanto olha pela vidraça o tempo passar.  Século XX    

Oro del Rhin, emblemática confeitaria de Montevidéu. 
Mas o mais importante é ir na original: Colonia 897 y Convención
Uma das especialidade é a torta-árbol (bolo-árvore). Bom para um chá no fim da tarde. E um chá ao meio-dia. E também o café da manhã é ideal para qualquer momento. Um paraíso de sanduíches, doces.

Jardim Botanico
19 De Abril 1181, Montevideo 11700
Fica ao lado da casa oficial do presidente (que ele nunca morou). Em São Paulo, todas os quarteirões devem ter mais árvore que lá tem, mas a Thais gostou bastante. Eu gosto pelos poemas do Mario Benedetti.

Costurando e comprando:

Mundolana (é o que a Thais prefere, e tem todo tipo de lãs -- não sei se este é o termo correto)
26 de Marzo 990, Pocitos (perto da embaixada Russa)

La Casa de las Telas
San Jose, 856, Centro

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mate, Cuia & Bomba

Quando criança, comecei a tomar – na praia de Santos – mate gelado com açúcar e limão, dentro de um copo descartável de plástico. Foi então que o meu vício começou.
Monto este endereço para colocar nele uma série de informações a respeito desta erva e o seu uso (que existe antes do próprio descobrimento de nosso continente). Apesar de ser paulista paulistano do centro da cidade de São Paulo (e preferir a bomba e a toda a técnica Uruguaia; assim como as ervas orgânicas argentinas) colocarei lentamente (como um bom matero) uma série de informações sobre a sua história, seu uso e sua técnica – inclusive nos diferentes locais: do Tererê paraguaio ao Ximarrão Gaucho.
Presidente uruguayo Eduardo Víctor Haedo, tomando mate com Ernesto Che Guevara, Uruguay, começo da década de 60